sábado, 30 de março de 2013

João Batista o grande e ultimo profeta.


João nasceu numa pequena aldeia chamada Aim Karim, a cerca de seis quilômetros lineares de distância a oeste de Jerusalém. Segundo interpretações do Evangelho de Lucas, era um nazireu de nascimento. Outros documentos defendem que pertencia à facção nazarita de Israel, integrando-a na puberdade, era considerado, por muitos, um homem consagrado. De acordo com a cronologia neste artigo, João teria nascido no ano 7 a.C.; os historiadores religiosos tendem a aproximar esta data do ano 1º, apontando-a para 2 a.C..
Como era prática ritual entre os judeus, o seu pai Zacarias teria procedido à cerimonia da circuncisão, ao oitavo dia de vida do menino. A sua educação foi grandemente influenciada pelas ações religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade chamada "as filhas de Araão", as quais cumpriam com determinados procedimentos importantes na sociedade religiosa da altura.
Aos 6 anos de idade, de acordo com a educação sistemática judaica, todos os meninos deveriam iniciar a sua aprendizagem "escolar". Em Judá não existia uma escola, pelo que terá sido o seu pai e a sua mãe a ensiná-lo a ler e a escrever, e a instruí-lo nas atividades regulares.
Aos 14 anos há uma mudança no ensino. Os meninos, graduados nas escolas da sinagoga, iniciam um novo ciclo na sua educação. Como não existia uma escola em Judá, os seus pais terão decidido levar João a Engedi(atual Qumram) com o fito de este ser iniciado na educação nazarita.
João terá efetuado os votos de nazarita que incluíam abster-se de bebidas intoxicantes, o deixar o cabelo crescer, e o não tocar nos mortos. As ofertas que faziam parte do ritual foram entregues em frente ao templo de Jerusalém como caracterizava o ritual.
Engedi era a sede ao sul da irmandade nazarita, situava-se perto do Mar Morto e era liderada por um homem, reconhecido, de nome Ebner.
O pai de João, Zacarias, terá morrido no ano 12 d.C.. João teria 18-19 anos de idade, e terá sido um esforço manter o seu voto de não tocar nos mortos. Com a morte do seu pai, Isabel ficaria dependente de João para o seu sustento. Era normal ser o filho mais velho a sustentar a família com a morte do pai. João seria filho único. Para se poder manter próximo de Engedi e ajudar a sua mãe, eles terão se mudado, de Judá para Hebrom (o deserto da Judeia). Ali João terá iniciado uma vida de pastor, juntando-se às dezenas de gruposascetas que deambulavam por aquela região, e que se juntavam amigavelmente e conviviam com os nazaritas de Engedi.
Isabel terá morrido no ano 22.d.C e foi sepultada em Hebrom. João ofereceu todos os seus bens de família à irmandade nazarita e aliviou-se de todas as responsabilidades sociais, iniciando a sua preparação para aquele que se tornou um “objectivo de vida” - pregar aos gentios e admoestar os judeus, anunciando a proximidade de um “Messias” que estabeleceria o “Reino do Céu”.
De acordo com um médico da Antioquia, que residia em Písia, de nome Lucas, João terá iniciado o seu trabalho de pregador no 15º ano do reinado de Tibério. Lucas foi um discípulo de Paulo, e morreu em 90. A sua herança escrita, narrada no "Evangelho segundo Lucas" e "Atos dos Apóstolos" foram compiladas em acordo com os seus apontamentos dos conhecimentos de Paulo e de algumas testemunhas que ele considerou. Este 15º ano do reinado de Tibério César terá marcado, então, o início da pregação pública de João e a sua angariação de discípulos por toda a Judeia em acordo com o Novo Testamento.
É perspectiva comum que a principal influência na vida de João terá sido o registros que lhe chegaram sobre o profeta Elias. Mesmo a sua forma de vestir com peles de animais e o seu método de exortação nos seus discursos públicos, demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias. Foi muitas vezes chamado de “encarnação de Elias” e o Novo Testamento, pelas palavras de Lucas, refere mesmo que existia uma incidência do Espírito de Elias nas ações de João.
O Discurso principal de João era a respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua dignidade como nação independente. Os judeus defendiam a ideia da sua nacionalidade ter iniciado com Abraão, e que esta atingiria o seu ponto culminar com achegada do Messias. João advertia os judeus e convertia gentios, e isto tornou-o amado por uns e desprezado por outros.
Importante notar que João não introduziu o batismo no conceito judaico, este já era uma cerimonia praticada. A inovação de João terá sido a abertura da cerimonia à conversão dos gentios, causando assim muita polemica.
Numa pequena aldeia de nome “Adão” João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as alparcas (as correias das sandálias). Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher de Filipe, rei da Ituréia e Traconites (irmão de Herodes Antipas I). Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação alguns meses mais tarde.
João batizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento é resumida, mas denota alguns fatores fundamentais no sentimento da experiência de João. Nesta altura João encontrava-se no auge das suas pregações. Teria já entre 25 a 30 discípulos e batizava judeus e gentios arrependidos. Neste tempo os judeus acreditavam que Deus castigava não só os iníquos, mas as suas gerações descendentes. Eles acreditavam que apenas um judeu poderia ser o culpado do castigo de toda a nação. O baptismo para muitos dos judeus não era o resultado de um arrependimento pessoal. O trabalho de João progredia .
Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João batizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado no qual ponho toda a minha complascência”. Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas.
O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26 d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha, tradicionalmente chamada de Salomé, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata.Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.
João era um judeu de educação. Toda a filosofia judaica foi-lhe incutida desde criança. No tempo de João Baptista o povo vivia subjugado à soberania dos chamados gentios havia quase cem anos. A desilusão nacional levantava inúmeras questões a respeito dos ensinamentos de Moisés, do desocupado trono de David e dos pecados da nação.
Era difícil de explicar na religião daquele povo a razão pela qual o trono de David se encontrava vazio. A tendência do povo era justificar os acontecimentos adversos com um provável “pecado nacional”, tal como tinha acontecido anteriormente no cativeiro da Babilónia, e outros mais.
Os judeus acreditavam na previsão de Daniel a respeito do Messias, e consideravam que a chegada desse prometido iniciaria uma nova época – a do Reino do céu. A pregação de João é fortemente influenciada pela antevisão do "Reino dos Céus". E os ouvintes acreditavam que o esperado Messias estaria para chegar e restaurar a soberania do povo que eles definiam como escolhido, e iniciar uma nova época na Terra: a época de justiça.
A pergunta era quando. A fé de todos defendia que seria ainda naquela geração, e João vinha confirmar o credo. A fama da sua pregação era o facto deste pregador ser tão convicto ao anunciar o Messias para breve. Milhares de pessoas, na sua ânsia pela liberdade acreditavam devotamente em João e nas sua admoestações.
Muitos judeus acreditavam que o Reino dos Céus iria ser governado na terra por Deus em via direta. Outros acreditavam que Deusteria um representante – o Messias, que serviria de intermediário entre Deus e os Homens. Os judeus acreditavam que esse reino seria um reino real, e não um reino espiritual como os cristão mais tarde doutrinaram. Foi esse o motivo da negação de Jesus como o Messias, por parte da maioria do povo Judeu.
João pregava que o "Reino de Deus" estaria "ao alcance das mãos" e essa pregação reunia em sua volta centenas de pessoas sedentos de palavras que lhes prometessem que o seu jugo estava próximo do fim.
João escolheu o Vau de Betânia para pregar. Este local de passagem era frequentada por inúmeros viajantes que levavam a mensagem de João a lugares distantes. Isto favoreceu grandemente o espalhar das suas palavras. Quando ele disse "até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão" ele referia-se à 12 pedras que Josué tinha mandado colocar na passagem do rio, simbolizando as doze tribos, na primeira entrada do povo na Terra Prometida.
João era um pregador heróico. Ele falava ao povo expondo os líderes iníquos e as suas transgressões. Quando o assemelhavam a Elias, era porque este tinha o mesmo aspecto rude e admoestador do seu antecessor. João não queria simpatia. Ele pregava a mudança, chamava "raça de víboras" e com o indicador apontado, tal como Elias o tinha feito anteriormente, e isto o categorizou como profeta.
João tinha discípulos. Isto significa que ele ensinava. Ele tinha aprendizes com quem dispensava algum tempo em ensinar. Havia interesse nas suas palavras e filosofia nos seus ensinamentos.









sábado, 23 de março de 2013

O que tem haver Pedro, o papa e israel?



Iniciou-se algumas semanas atraz o conclave de 115 cardeais para a escolha do "266º papa." Temos sido literalmente bombardeados com a ideia transmitida pelos ignorantes da media e manipulada pelo Vaticano de que se vai escolher o "sucessor de S. Pedro", ou aquele que se vai sentar na "cadeira ou trono de S. Pedro" e outros disparates afim.
Tal como acontecia com Hitler, "uma mentira contada muitas vezes passa por ser verdade."


Não que a verdade precise de ser defendida, mas precisa de ser pelo menos proclamada!
Pergunta o meu paciente leitor(a): e o que é que a eleição do chefe do Vaticano tem a ver com Israel? Ou o que é que essa questão de quem foi o primeiro papa?




A minha resposta é simples: tem tudo a ver. Primeiro, porque o papa é um chefe religioso, mas mais ainda um líder político de grande influência mundial. Daí a preocupação dos últimos chefes do Vaticano em visitarem Israel, tentando demonstrar uma amizade para com o povo judeu, numa rota incontornável de papel de falso profeta, tão importante para suporte do Anticristo. Em suma, não tenho dúvidas de que o próximo homem a sentar-se como líder do Vaticano continuará a desempenhar um papel de aproximação aos judeus e aos muçulmanos. É um caminho inevitável.

Mas, em segundo lugar, é importante que separemos o "aproveitamento católico romano" da figura do grande líder na Igreja em Jerusalém que foi Pedro, da absurda afirmação de que ele foi o "primeiro papa", ou seja: "pai da Igreja".
Alguns argumentos bastarão para derrubar por completo esta mentira que a Igreja Católica Romana tem andado a propagar há séculos:

1º - NÃO HÁ QUALQUER REGISTO BÍBLICO DE QUE PEDRO TENHA ESTADO EM ROMA


Percorrendo todo o Novo Testamento, nunca encontraremos qualquer alusão a Pedro ter estado ou até de pensar estar em Roma. O apóstolo Paulo, esse sim, esteve em Roma nos últimos anos da sua vida, sabendo-se por certo que ali foi preso e degolado. Nas suas cartas escritas de Roma, Paulo menciona vários irmãos e irmãs, companheiros de ministério e até de prisão, mas nunca menciona Pedro (Colossenses 4:7-14; 2 Timóteo 4:9-12, 21). Quando Paulo escreve aos cristãos romanos, menciona o nome de mais de 28 crentes, mas nunca Pedro (Romanos 16).
O grande "historiador" da História inicial da Igreja cristã, o evangelista Lucas, certamente amigo de Pedro, menciona a presença deste em várias localidades, como Jerusalém (Actos 8:1), Samaria (Actos 8:25), Lida (Actos 9:32), Cesaréia (Actos 10:1), Jope (Actos 10:5), Antioquia (Gálatas 2:11), e outros, mas nunca em Roma!
Se como os católicos romanos afirmam, Pedro tivesse sido bispo em Roma durante 25 anos, como seria possível Lucas jamais mencionar isso na História da Igreja, para não falar do apóstolo Paulo nas suas cartas?

2º - PEDRO NUNCA FOI O "FUNDAMENTO" OU "PAI" DA IGREJA - NEM ACEITOU TAL TÍTULO OU POSIÇÃO


A Bíblia é bem clara que o fundamento da Igreja é Cristo, e só Ele! "Ninguém pode lançar outro fundamento além do que já foi posto, o qual é Cristo Jesus" (1 Coríntios 3:11).
Pedro foi um importante líder na Igreja em Jerusalém, mas não era mais importante do que João e Tiago, também considerados "colunas" na Igreja (Gálatas 2:9). Portanto a ideia católica romana da supremacia de Pedro sobre os demais é completamente errada.



3º PEDRO PODERÁ TER SIDO CRUCIFICADO EM ROMA COMO MÁRTIR, MAS NUNCA COMO BISPO DE ROMA



Fontes extra-bíblicas posteriores ao 3º século indicam que Pedro poderá ter ido a Roma nos últimos dias da sua vida, tendo depois sido crucificado. Ainda que tal tenha acontecido, isso não tem nada a ver com a ideia de ele ter sido bispo de Roma durante 25 anos.
Segundo a maior "autoridade" na História da Igreja primitiva, Eusébio, Pedro no final da sua vida terá chegado a Roma, sendo aí crucificado de cabeça para baixo: "Pedro, segundo parece, pregou no Ponto, na Galácia e na Bitínia, na Capadócia e na Ásia, aos judeus da diáspora; por fim chegou a Roma e foi crucificado com a cabeça para baixo, como ele mesmo pediu para sofrer." (História Eclesiástica, Livro III, 1:2).
Outro respeitado "pai" da Igreja, o teólogo Orígenes, também escreve: "Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo."
Lactâncio (240 - 320 d.C.) escreveu também o seguinte, confirmando os relatos de Eusébio e Orígenes: "Seus apóstolos eram nesse tempo em número de onze, os quais agregaram Matias, no lugar de Judas o traidor, e em seguida Paulo. Depois se dispersaram através de toda a terra pregando o Evangelho, como o Senhor e Mestre lhes havia ordenado; durante 25 anos até ao início do reino do imperador Nero, eles se ocuparam em assentar as bases da Igreja em cada província e cidade. E enquanto Nero reinava, o apóstolo Pedro veio a Roma." (Carta a Donatus - A maneira pela qual os os perseguidores morreram, cap. II).

Sabe-se que Nero começou a reinar em Roma em 54 d.C., reinando até ao ano 68. O ano provável da morte de Pedro foi 67 d.C., pelo que tendo sido bispo em Antioquia, nunca poderia ter sido bispo de Roma durante 25 anos. 

Tertuliano, outro reconhecido "pai" da Igreja, também apoia esta tese: "Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro, então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na cruz." (Scorp., cap. 15).

4º- AS ALUSÕES DOS "PAIS DA IGREJA" A PEDRO COMO BISPO LIGAM-NO A ANTIOQUIA E NUNCA A ROMA


O credível historiador da Igreja Eusébio, ele próprio um dos "pais" da Igreja refere-se ao episcopado de Pedro em Antioquia e não em Jerusalém: "Ao mesmo tempo adquiriram notoriedade Papias, bispo da Igreja de Hierápolis, e Inácio, o homem mais célebre para muitos ainda hoje, segundo a obter a sucessão de Pedro no episcopado de Antioquia." (História Eclesiástica, Livro III, 36:2).


5º - O PRIMEIRO BISPO EM ROMA FOI LINO, E NÃO PEDRO

Segundo o historiador da Igreja Eusébio, Lino foi o primeiro bispo na Igreja em Roma: "Depois do martírio de Paulo e de Pedro, Lino foi designado como primeiro bispo de Roma. Ele é mencionado por Paulo quando escreve de Roma a Timóteo, na despedida ao final da carta." (História Eclesiástica, Livro III, 2:1).
Se Paulo foi o primeiro apóstolo a chegar a Roma (em 61-62 d.C.), e não foi bispo de Roma, muito menos "papa", Pedro, que terá chegado depois dele e foi martirizado nunca o poderia ser. 
Segundo a História Eclesiástica de Eusébio - obra clássica que todos aceitam como fidedigna - o primeiro bispo de Roma foi Lino, o segundo foi Anacleto, e o terceiro foi Clemente (mencionado por Paulo): "Paulo também atesta que Clemente - instituído terceiro bispo da Igreja de Roma - foi seu colaborador e companheiro de luta." (H.E.,  Livro III, 4:9).

6º - PEDRO NUNCA ACEITOU SER SUPERIOR AOS DEMAIS APÓSTOLOS


Pedro nunca imaginou, muito menos aceitaria ser chamado de "papa", ou seja, pai da Igreja. Pelo contrário, aquele a quem Jesus denunciou como sendo "homem de pequena fé", e "pedra de tropeço", nunca de sobrepôs aos demais líderes na Igreja do seu tempo (Tiago e João). Entre muitos casos relatados em Actos dos Apóstolos, o mais evidente será o próprio primeiro concílio da Igreja, em Jerusalém, em que Pedro não teve qualquer primazia, mas, pelo contrário é referido que a decisão do concílio foi tomada pelos "apóstolos, anciãos e toda a Igreja" (15:22). 
Quando ele se apresenta nas suas cartas às Igrejas, ele apenas se identifica como "apóstolo" (1 Pedro 1:1) e como "servo" (2 Pedro 1:1), tal como os demais apóstolos fizeram, nada acima disso. Ele considera-se "presbítero entre presbíteros" (1 Pedro 5:1).


7º - PEDRO DECLAROU QUE O FUNDAMENTO DA IGREJA - A "PEDRA" - É CRISTO


Na sua carta, ele indica claramente Cristo, e não ele, como a "pedra viva" sobre a qual a Igreja está assentada. Pelas Escrituras entendemos que o único e verdadeiro "Sumo Pontífice" é Jesus, pois só Ele é o sumo e perfeito sacerdote, exercendo um "sacerdócio permanente". O próprio Pedro escreve que Jesus é o "Sumo Pastor".

A Igreja Católica Romana tem tentado distorcer a verdade bíblica e a realidade histórica de forma a promover o "papado" e a proeminência de Roma, dessa forma violando os desígnios de Deus e falhando completamente no conceito do que é a verdadeira Igreja e sua liderança. 

Só no século IV é que a Igreja em Roma começou a "exigir" primazia sobre as demais, dando origem ao "papado". Devemos no entanto lembrar que nessa altura já a Igreja se encontrava completamente dominada pela lutas de poder e pela política. Já era uma "igreja" em rota desviante da verdadeira fundada por Jesus e sobre a qual Pedro, Tiago, João, Paulo e os demais apóstolos foram edificados.


Fonte:Arqueologia e teologia e shalom-israel

sexta-feira, 22 de março de 2013

Capítulos e Versículos na Bíblia.


A Bíblia foi escrita por 40 autores, entre 1445 e 450 a.c (livros do Antigo Testamento) e 45 e 90 d.c(livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1600 anos.  A maioria dos historiadores acreditam que a data dos primeiros escritos considerados sagrados é bem mais recente: por exemplo, enquanto a tradição cristã coloca Moisés como o autor dos primeiros cinco livros da Bíblia (Pentateuco), muitos estudiosos aceitam que foram compilados pela primeira vez apenas após o exílio babilônico, a partir de outros textos datados entre o décimo e o quarto século antes de Cristo. Muitos estudiosos também afirmam que ela foi escrita por dezenas de pessoas oriundas de diferentes regiões e nações.

A Bíblia vem geralmente dividida em capítulos e versículos, os capítulos são especificados por números maiores colocados num começo de narrativa parcial e os versículos por algarismos menores colocados antes das frases que compõem o capítulo. Costuma-se dar títulos aos vários capítulos, ou a trechos deles, também conhecidos por "perícopes", que foram ai incorporados pretendendo facilitar a compreensão e a localização por assuntos, mas não fazem parte integrante e indestacável do contexto.Mas nem sempre foi assim A divisão em capítulos foi introduzida pelo professor universitário parisiense Stephen Langton, em 1227, que viria a ser eleito bispo de Cantuária pouco tempo depois. A divisão em versículos foi introduzida em 1551, pelo impressor parisiense Robert Stephanus. Ambas as divisões tinham por objetivo facilitar a consulta e as citações bíblicas, e foi aceita por todos, incluindo os judeus.


quarta-feira, 20 de março de 2013

Os Nomes de Deus(YHWH)



O nome Jesus vem do hebraico (Yehoshua) - "Josué", que significa "Iavé é salvação". Josué era chamado de Oshea ben Num "Oséias, filho de Num" (Números.13:8). Moisés mudou seu nome para Yehoshua bem Num (Números. 13:16). A Septuaginta (tradução grega do VT) usou o nome Iesus para Yehoshua; Portanto Iesus é a forma grega do nome Yehoshua. Depois do cativeiro de Babilônia, o nome Yehoshua era conhecido por Yeshua. Em Neemias 8:17 Josué era chamado Yeshua ben Num. Yeshua é o nome hebraico para Jesus, até hoje em Israel. Isso pode ser comprovado em qualquer exemplar do Novo Testamento hebraico.
É verdade que nome não se traduz, mas se translitera conforme a índole de cada língua. Os nomes Eva, David e outros levam a letra "v" em hebraico, aparecem como Eua, Dauid, nos textos gregos. No grego moderno a letra beta (b) na antiguidade, hoje é v. Hoje se escreve Dabid, para David, e Eba para Eva. Há nomes que permanecem inalteráveis em outras línguas, mas não são todos. O nome João, por exemplo, é Yohanan, em hebraico; Ioannes, em grego; John, em Inglês; Jean, em francês; Giovani, em italiano, Juan, em espanhol; johannes, em alemão. E assim por diante, isso ocorre em vários nomes. Há nome que mudam substancialmente de uma língua para outra. Eleazar, em hebraico, é Lázaro em grego. Elizabete é a forma hebraica do nome Isabel. O argumento, portanto, de que o nome deve ser preservado na forma original, em todas as línguas, é inconsistente, sem apoio bíblico.

Lista de títulos e nomes de Deus (Judaico-Cristãos)
Aará - Meu Pastor
Adon Hakavod - Rei da Glória
Adonay (חשם) - Senhor
Attiq Yômin - Antigo de Dias
Divino Pai Eterno - uma concepção a Deus Pai El (אל) - Deus "Aquele que vai adiante ou começa as coisas"
El-Berit - Deus que faz pacto ou aliança
El Caná - O Deus Zeloso
El Deot - O Deus das Sabedorias
El Elah - Todo Poderoso
El Elhôhê Israel-
 Deus de Israel
El-Elyon (עליון אל)-
 Deus que faz pacto ou aliança
El-Ne'eman -
 Deus de graça e misericórdia
El-Nosse -
 Deus de compaixão
El-Olan (םאל על)-
 Deus eterno, da eternidade
El-Qana - Deus zeloso
El Raí - O Deus que tudo vê
El-Ro'i - Deus que vê (da vista)
El-Sale'i - Deus é minha rocha, o meu refúgio
El-Shadday (שרי על)- Deus Todo-Poderoso
Eliom - Altíssimo
Elohim – (plural) (אלחים)- Deus; Criador "implícito o poder criativo e a onipotência"
Eloah – (singular) (ה׀לא)- Deus; Criador "implícito o poder criativo e a onipotência"
Gibbor - Poderoso
Há'Shem – (השם)- O Nome - Senhor - o mesmo que YHVH
(mais usado no Judaísmo) Kadosh - Santo
Kadosh Israel - Santo de Israel
Malakh Brit - O Anjo da Aliança
Maor - Criador da Luz
Margen - Protetor
Mikadiskim - Que nos santifica
Palet - Libertador
Rofecha - Que te sara
Salvaon - Senhor Todo-Poderoso
Shadday (שרי) - Todo Poderoso
Shaphatar - Juiz
YHWH – (יהוה) - Tetragrama; o nome impronunciável de Deus; quase sempre traduzido por
 Senhor.
Yahweh - tentativa de pronúncia do Tetragrama
YHWH (Ha'Shem) El Elion Norah - O Senhor Deus Altíssimo é Tremendo
YHWH (Ha'Shem) Elohêkha - O Senhor teu Deus
YHWH (Ha'Shem) Elohim – (יהוה אלהים) - Senhor (criador) de todas as coisas
YHWH (Ha'Shem) Hosseu - O Senhor que nos criou
YHWH (Ha'Shem) Yaser - O Senhor é Reto
YHWH (Ha'Shem) Yireh – (יהוה ידח) - O Senhor proverá – Deus proverá
YHWH (Ha'Shem) Nissi – (יהוה נסי) - O Senhor é a Minha Bandeira
YHWH (Ha'Shem) Rafah – (יהוה דפה) - O Senhor que te sara
YHWH (Ha'Shem) Sebaoth – (Sebhãôth) – (יהוה צכאח) - Senhor das Hostes Celestiais
YHWH (Ha'Shem) Shalom – (יהוה שלום) - O Senhor é Paz
YHWH (Ha'Shem) Shammah – (יהוה שמה) - O Senhor está presente; O Senhor está ali
YHWH (Ha'Shem) Sidkenu – (יהוה צדקנו) - Senhor Justiça nossa; O Senhor é a nossa Justiça.


domingo, 17 de março de 2013

SALVANDO O INIMIGO


 "Portanto se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber [...] Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" (Rm. 12:20-21).

   O inverno rigoroso castigava os habitantes da pequena Asperen, Holanda. Estávamos no perigoso século XVI, definido pelo eminente humanista Erasmo como "o pior século desde Jesus Cristo". O vocábulo tolerância não era muito comum nesta época.
   Dirk Willems havia se convertido à fé cristã e se ajuntado aos anabatistas. Sua disposição em negar a autoridade papal e os sacramentos da igreja romana (inclusive o batismo infantil) atraíram sobre si ódio e perseguição. Confiscos, torturas e mortes na fogueira não eram incomuns para àqueles que eram tachados de hereges pelo clero católico. Os países baixos estavam entre àqueles que mais tiveram seu chão manchado pelo sangue dos mártires no século XVI.
 Certo dia Willems se viu perseguido por alguém. Ele correu desesperadamente para salvar sua vida. Procurou se afastar o máximo possível daquele que poderia lhe prender e entregar às autoridades. Se fosse agarrado, fatalmente seria torturado e morto. Isto se não negasse sua própria fé, o que não estava em seus planos.
  De repente, o anabatista Willems se deparou com um lago. As baixas temperaturas o haviam congelado. Ele, então, decidiu atravessá-lo. Era sua única chance de escapar do perseguidor. Ele se agarrou a ela. Talvez pensou que seu algoz recuasse, temendo por sua própria vida.
    No entanto, não foi isso que aconteceu. O perseguidor também entrou lago pisando sobre as inseguras camadas de gelo. Willems, então, ouviu um forte estalo atrás de si. O gelo havia cedido e o seu perseguidor havia afundado nas águas geladas do lago. Em pouco tempo ele certamente morreria congelado. O que fazer? Seria um livramento de Deus para a sua vida? O Senhor estava punindo àquele que perseguia um dos seus? Não sabemos se ele teve estes pensamentos. Estas perguntas não têm respostas fáceis. Mas sabemos de sua atitude. Willems voltou e, correndo o risco de também afundar no lago, retirou das águas o seu caçador.
  Não temos detalhes, mas sabemos que Dirk Willems foi entregue às autoridades pelo homem que ele salvou. Foi interrogado, torturado e morto na fogueira em 16 de maio de 1569. Sua história se tornou um exemplo de fé e amor cristão para todas as épocas.
   Talvez nunca estivemos em uma situação limite como a de Willems. Mas, certamente já estivemos em outras em que o nosso amor foi posto à prova. Como tratamos àqueles que nos fizeram mal, àqueles de quem discordamos com veemência? Certamente, o sangue de Willems ainda nos fala.

  por George Gonsalves    



sábado, 16 de março de 2013

Bíblia de Estudo Scofield


Bíblia de Estudo Scofield Auxílio Para Entender as Escrituras

Bíblia de Estudo Scofield une uma excelente versão das Escrituras ao popular método de estudo da Bíblia inicialmente apresentado pelo Dr. C. I. Scofield, em 1909. As notas neste método de estudo da Bíblia continuam com as mesmas doutrinas sustentadas pelo Dr. Scofield. Elas incluem a inspiração verbal e plenária e a inerrância das Escrituras, a existência de um Deus em três pessoas – Pai, Filho e Espírito Santo –, o nascimento virginal e a divindade de Cristo, sua morte substitutiva, ressurreição física e ascenção, sua iminente volta para buscar sua noiva, a Igreja, seu regresso visível e premilenar à terra, a bem-aventurança eterna dos redimidos e o castigo eterno dos perdidos. As notas da presente edição são uma adaptação em linguagem moderna realizada pelo comitê revisor em 1967.
Bíblia de Estudo Scofield ocupa um lugar único entre as publicações concebidas para auxiliar às pessoas a entender as Escrituras. Sua popularidade e utilidade se devem tanto às circunstâncias históricas que cercaram sua publicação e posterior revisão, como também aos vários e importantes assuntos doutrinários que compreende. A história da Bíblia Scofield é fascinante e pode proporcionar a todos que a usarem um maior entendimento de seu conteúdo, de como usá-la e como estudar a Bíblia em geral. A razão é que a própria história da Bíblia Scofield está ligada a importantes desenvolvimentos em estudos bíblicos, pregações e ensinamentos. Na verdade, ela surgiu do profundo estudo da Bíblia por parte de um indivíduo e foi concebida como auxílio para permitir que outros compreendam a Bíblia por si sós. Como a primeira Bíblia de estudo de seu tipo, ela alcançou seu objetivo de maneira que o seu primeiro compilador provavelmente nunca imaginou.
A partir da primeira edição, o objetivo da Bíblia de Estudo Scofield tem sido ajudar o estudante da Bíblia a considerar as Escrituras como um todo. A Bíblia Scofield afirma doutrinas históricas como a divindade de Jesus Cristo, a realidade dos milagres e a salvação pela graça por meio da fé. No entanto, também reflete uma perspectiva da atividade de Deus na história humana, tal como está revelada nas próprias Escrituras. Para entender a totalidade da Bíblia, é crucial crer no caráter progressivo do relacionamento de Deus com a humanidade. As relações que Deus estabelece com as pessoas estão fundamentadas em alianças e vão se revelando por meio de alianças, que ligam a vida humana com a redenção divina. Grande parte do material de estudo nessa edição corresponde à análise dessas alianças e a sua relação com a obra de Cristo.
Além disso, a Bíblia de Estudo Scofield distingue as dispensações, algo que demonstra ainda mais a natureza progressiva da maneira como Deus trata com a humanidade. As dispensações estão associadas com períodos em que as pessoas foram submetidas a provas específicas e variadas de sua obediência a Deus, do começo ao final da história humana. Mesmo que nem todos os estudantes da Bíblia estejam de acordo com cada detalhe do sistema dispensacional apresentado nesta Bíblia de estudo, de modo geral é admitido que a distinção entre a lei e a graça é básica para compreender o programa divino das eras, sempre que se compreender com clareza que: 1) por meio das Escrituras, há somente uma maneira de salvação, ou seja, pela graça por meio da fé; 2) não pode haver limites estritos quanto ao término de cada dispensação, pois existe certa sobreposição ente elas; e 3) a economia divinamente transmitida pode continuar depois de haver sido concluído o período de prova específico. Para essa perspectiva da Escritura é essencial o regresso premilenar de nosso Senhor e os aspectos da profecia bíblica relacionados com esse evento.
ScofieldCyrus Ingerson Scofield nasceu em Lenawee, Michigan, Estados Unidos. Depois de prestar serviço militar no Exército da Confederação, pelo que recebeu a Cruz de Honra, estudou leis no escritório de uma firma de Saint Louis. Quando Scofield tinha vinte anos, o presidente Ulisses S. Grant o designou Fiscal dos Estados Unidos para o estado de Kansas.
Enquanto praticava advocacia em Saint Louis, foi confrontado com a mensagem do evangelho e recebeu a Cristo. Imediatamente começou a dedicar-se a um profundo estudo das Escrituras. Indubitavelmente, estava sendo preparado para o futuro trabalho de consolidar um sistema de estudo bíblico pessoal numa ferramenta fácil de ser utilizada.
Depois de sua conversão, Scofield prestou serviço cristão ativo de modo contínuo, primeiro como obreiro entre trabalhadores ferroviários em Saint Louis e, depois, como pastor em Dallas e em Northfield, Massachusetts.
Após servir como ministro do evangelho por mais de vinte anos, Scofield inciou um intenso período em que estudava e escrevia, tanto nos Estados Unidos como na Europa, a fim de compilar um sistema unificado de estudo da Bíblia que servisse como veículo para as grandes verdades da Escritura que ele considerava cruciais para a fé e o serviço. O sistema de estudo idealizado por Scofield resultou na publicação da Bíblia de Estudo Scofield, uma ferramenta útil e eficaz para a correta compreensão das Escrituras. 

A Confusão Evangélica Diante do Antigo Testamento


A igreja evangélica brasileira é uma das mais dinâmicas e criativas do mundo. Por essa razão seu crescimento tem sido extraordinário. Todavia, uma igreja jovem e efervescente tem dificuldades de doutrinar e discipular seus novos membros. Essa é uma realidade na igreja brasileira.
É notório que o uso do Antigo Testamento na prática e na liturgia eclesiástica brasileira tem crescido de maneira substancial. Principal no contexto do louvor e da adoração a ênfase vétero-testamentária é mais do que expressiva. E como percebeu Lutero, a teologia de uma igreja está em seus hinos. Afinal, o que está acontecendo? Para onde estamos indo?
Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que o Antigo Testamento representa um fascínio para o povo brasileiro. É repleto de histórias concretas, circunscritas na vida real do povo, no cotidiano de gente comum. É muito mais fácil emocionar-se com uma narrativa como a de Jonas ou de Davi do que acompanhar o argumento de Paulo em vários textos de Romanos. Além disso, o povo brasileiro tem pouca história e raízes muito recentes. O Antigo Testamento, com a rica história do povo de Israel, traz uma espécie de identificação com o povo de nosso país. Talvez isso explique porque tantos brasileiros evangélicos queiram ou procurem ser mais judeus. Em terceiro lugar, devemos considerar a realidade de que a igreja evangélica brasileira quase não tem símbolos ou expressão artística. A maioria dos símbolos cristãos históricos (catedrais, cruzes, etc.) tem identificação católica na realidade nacional. Assim, os evangélicos buscam símbolos para expressar sua fé, e acabam geralmente escolhendo símbolos judaicos ou vétero-testamentários (menorá, estrela de Davi, e etc.).
Este encontro brasileiro-judaico tem muitas facetas positivas: Retomamos uma alegria comemorativa da fé, trazemos a verdade espiritual para a realidade concreta, dificilmente teremos uma igreja anti-semita, enxergamos necessidades sociais e políticas pela força do Antigo Testamento. Todavia, também estamos andando em terreno perigoso e delicado. Algumas considerações são importantes para que a igreja brasileira não perca o rumo por problemas de ordem hermenêutica. Aqui vão algumas sugestões:
1. Nem todo texto bíblico do Antigo Testamento pode ser visto como normativo
A descrição da vida de um servo de Deus do Antigo Testamento não é padrão para nós sempre. Quando Abraão mente em Gênesis, a descrição do fato não o torna uma norma. A poligamia de Salomão, a mentira das parteiras no Egito e o adultério de Davi não podem servir de desculpas para os nossos pecados.
2. Não podemos cantar todo e qualquer texto do Antigo Testamento
É preciso observar quem está falando no texto bíblico. Sem observarmos quem fala, tiraremos conclusões enganosas. Isso é fundamental para se entender o livro de Eclesiastes. No caso de Jó 1.9-10, por exemplo, temos registradas as palavras de Satanás. Isto é fato até no caso do Novo Testamento (veja Jo 8.48).
3. Devemos ensinar que muito da teologia do Antigo Testamento foi superada pelo Novo Testamento
Jesus deixou claro que estava trazendo uma mensagem complementar e superior em relação à antiga aliança. Se não entendermos isto, voltaremos ao legalismo farisaico tão questionado por nosso Senhor. Textos como Números 15.32-36 revelam um exemplo daquilo que não tem mais valor na prática da nova aliança. Todos os elementos cerimoniais da lei não podem mais fazer parte da vida da igreja cristã, pois apontavam para a realidade superior, que se cumpre em Cristo (Cl 2.16-18). Sábados, festas judaicas, dias sagrados, sacrifícios e outros elementos cerimoniais não fazem parte da prática cristã neo-testamentária.
4. Antes de pregar ou cantar um texto do Antigo Testamento é preciso entendê-lo
Nem sempre é fácil entender um texto do Antigo Testamento. Muitos textos precisam ser bem estudados, compreendidos em seu contexto e em sua limitação circunstancial e teológica. Veja por exemplo o potencial destruidor do mau uso de um texto como o Salmo 137.9. Se o intérprete não entender que o texto fala da justiça retributiva divina dada aos babilônios imperialistas, as crianças da igreja correrão sério perigo!
5. Devemos ensinar que vingança e guerra não são valores cristãos
Jesus ordenou que devemos amar até mesmo aqueles que nos odeiam. A justiça imprecatória não faz parte da teologia do Novo Testamento. Há vários salmos que dizem isso, mas tal realidade compreende-se no contexto do Antigo Testamento e não pode ser praticada na igreja cristã. Não podemos cantar “persegui os inimigos e os alcancei, persegui-os e os atravessei” (Sl 18.37.38), quando o Senhor Jesus ordena que devemos perdoar e amar os nossos inimigos (Mt 5.44-45). Hoje já existe até gente “amaldiçoando” outros em nome de Jesus! Teremos o surgimento de uma “violência cristã”?
6. Enfatizemos a verdade de que a adoração do Novo Testamento é superior
O Novo Testamento nos ensina que a adoração legítima independe de lugar, de monte, de cidade e de outros elementos materiais (Jo 4). Jesus insiste em afirmar que Deus procura quem “o adore em Espírito e em verdade”. A tradição evangélica sempre louvou a Deus por seus atos e atributos. Atualmente estamos cada vez mais enfatizando “o monte santo”, “a cidade sagrada”, “a casa de Deus”, “a sala do trono”. Nós somos o “templo de Deus”. Os elementos materiais pouco importam na adoração genuína. É preciso retomar o caminho correto.
7. Devemos ensinar que ser judeu não torna ninguém melhor do que os outros
Alguns evangélicos entendem que “ser judeu” ou “judaizado” os torna de alguma forma “espiritualmente melhor”. O rei Manassés, Anás e Caifás eram judeus! Já há quem expulse demônios em hebraico! Em Cristo, judeus e gentios são iguais perante Deus. Na verdade “não há judeu nem grego” (Gl 3.28) na nova aliança. A igreja cristã já pecou por seu anti-semitismo do passado. Será que irá pecar agora por tornar-se judaizante? Devemos amar judeus e gentios de igual modo. Além disso, podemos e devemos ser cristãos brasileiros. Não precisamos nos tornar judeus para ter um melhor “pedigree” espiritual.
Luiz Sayão


sexta-feira, 15 de março de 2013

Como Satanás poderia apresentar-se diante de Deus, se ele tinha sido expulso do céu?


Jó 1:6 declara que num dia os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, e que "veio também Satanás entre eles". Entretanto, isto implica que Satanás tinha acesso ao trono de Deus, contrariamente ao que se declara, ou seja, que ele tinha sido expulso da presença de Deus no céu (Ap 12:7-12).

Percebe-se que Satanás tem frequente acesso ao céu (Jó 1:16; 2:1). Aqui o nome Satanás (v.6) é precedido de artigo no original e certo tradutor traduz "o adversário". Aparece como o cínico supremo da corte celestial. Porém, pode-se notar que todas as suas ações são limitadas e não pode fazer qualquer coisa contra os santos de Deus sem a permissão deste (Jó 1:12). Na ocasião Satanás acusa Jó e apresenta-o como egoísta, sem que nada lhe importe, a não ser pelo seu bem estar e segurança. Desta mesma forma o povo de Deus e os seus caminhos são frequentemente e de forma falsa acusados pelo diabo e seus agentes. Graças a Deus que nem os homens nem o diabo sejam nossos juízes, mas unicamente o Senhor que nunca erra!

Satanás tinha sido oficialmente expulso do céu, contudo, na verdade, ele ainda continuava tendo acesso à presença de Deus. Em várias partes das Escrituras encontramos que Satanás tem acesso à presença de Deus com o fim de acusar os santos. Em Zacarias 3:1-2 temos a visão de Josué diante do Anjo do Senhor e com Satanás à sua direita para acusá-lo. Novamente aqui o nome de Satanás aparece com o artigo (heb. hassatan, o adversário). Ele, o adversário, intervém para acusar o sacerdote Josué.

Apocalipse 12:10 identifica Satanás como o acusador dos irmãos: "...o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus". Aparentemente, como "o príncipe da potestade do ar" (Ef 2:2), Satanás tem tido a oportunidade de comparecer perante Deus com o propósito de acusar de pecado os filhos de Deus.

E é isso o que ele fez contra Jó, tanto em Jó 1:6 como em 2:1.

Bibliografia:
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999. 
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Antigo Testamento. 4ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia. 3ª Ed. São Paulo: Ed. Vida Nova, 1990.


quinta-feira, 14 de março de 2013

O entendimento dos humildes supera toda falta de entendimento dos sábios.


A arrogância nos tira da presença de Deus; Quando admitimos que não sabemos nada, Deus vem e derrama mais d’Ele. Ele nos ensina quando reconhecemos que nada sabemos. Nós não temos que fazer cara de unção e sim viver uma verdade que é Jesus.
João Batista vestia pele e cinto de carneiro, se alimentava com mel e gafanhoto, e se tornou um homem de Deus quando foi preparado no deserto para pregar a palavra de Deus e denunciar os pecados do povo.
Jesus teve uma vida de constante entrega.
Moisés tinha uma fila imensa para ministrar pessoas.

Mateus 17: 10 - 13 / Malaquias 4: 1 – 6
Malaquias estava recebendo uma revelação de Deus para o futuro. Elias já tinha vindo.
O povo dizia que Elias iria fazer justiça e que Elias restauraria o caminho, mas na verdade era João Batista que viria e o povo dizia que era Elias.
Mas isso não quer dizer que João Batista era a reencarnação de Elias, pois se fosse, Deus nos revelaria.
Jesus tipifica a Adão, através de Adão o pecado entra no mundo e através de Jesus o pecado é lavado e remido.
Elias tipifica João para fazer com que as obras de Deus fossem restauradas.
O pecado gera juízo e o juízo gera massacre do povo. Acabe marido de Jezabel traz injustiças e por isso o povo estava sendo massacrado.
João Batista – tipo Elias – se levanta para falar de Herodes que estava em pecado e por denunciá-lo, a esposa pede a sua cabeça. O que João fez foi declarar o caminho de Jesus para fazer justiça.
Só vamos entender a geração Eliseu se antes entendermos quem foi Elias. Se entendermos João, entenderemos Jesus.
João Batista era o tipo de cristão posicionado. É preciso preparar o caminho e denunciar o pecado, pois temos sido tolerantes. Convivemos com o pecado achando que não iremos nos corromper, mas na verdade estamos nos contaminando aos poucos.
Recebemos uma responsabilidade que é a de Cristo e do Reino. Existem aqueles que estão se posicionando e buscando essa responsabilidade de Deus em anunciar a palavra. João Batista era o maior nascido de uma mulher, ele não trouxe revelação do futuro, ele preparou o caminho.
Daniel trouxe revelações do futuro...
Endireitai os vossos caminhos, arrependei-vos raça de víboras era o que João anunciava. Falar a verdade pode nos levar para a cadeia, mas falar o que é certo e o que é errado é uma questão de postura.
Deus nos deu 70 dias para preparar a igreja, bater uma revista e ver como ela está, pois Ele não quer ver uma igreja suja.
João Batista não fazia média, ele vivia a verdade. Quantas vezes envergonhamos o evangelho porque esvaziamos. O povo perece por falta de conhecimento, mas também de posicionamento.
Quando deixamos de viver a santidade, deixamos de viver a plenitude de Deus e aí todo tipo de pecado começa a entrar na nossa casa, adultério, pornografia, drogas...QUANDO DEIXAMOS DE SE POSICIONAR!
O que nos diferencia de João é a vida contínua na presença de Deus. Pecou então se conserte na hora, pois é preciso uma busca contínua.
Evangelho de verdade é o que as pessoas têm que ver em nós, no trabalho, em casa, na faculdade. É uma conversão diária. Jesus está perto de voltar e teremos que prestar contas da igreja, das obras feitas. O mundo hoje está como está escrito na bíblia. Ao mesmo tempo em que estamos na igreja buscando pela presença de Deus, tem aqueles que estão nas baladas. É preciso ter a verdade da plenitude de Deus em nossos corações, tem que começar em nós. Deus nos convida para viver essa plenitude. E não permitir que o mundo nos corrompa.
Aquele que ama sua vida, perdê-la-á.
Aquele que perde a sua vida achá-la-á.
Dentro da igreja você tem que morrer. Temos que sair da igreja triste e não com um sorriso no rosto, pois igreja é lugar de confronto, onde podridões são expostas, para que haja arrependimento. É preciso querer ser transformado.
Nicodemos não entendeu que era preciso nascer da água e do Espírito. Tem que morrer. Você morre para o que acha e para a sua memória, e começa como um bebê, aprendendo uma nova realidade. É preciso entender que somos um trapo sem Jesus.
É preciso ser apaixonado por Jesus, ser confrontado, para querer morrer. Quanto mais morto pra si, mais vivo está para Deus.
Morrer deve ser maior que o desejo de viver.
Morrer deve ser maior que o desejo de sorrir.
Tem que começar a ser um desejo interno.
João Batista confronta Herodes, sem que ele fosse judeu, ele estava tão morto para si que não temeu a morte. Paulo diz que morrer é lucro e viver é Cristo. Temos que morrer para nascer de novo.Um cristão foi criado para ser um bom líder, ter uma boa posição e não está ainda porque ainda está vivo.
Deus quer filhos com aliança, comprometidos com a palavra.
Temos que ser mais humildes.
Toda campanha que você faz para conquistar coisa é um sinal de que você ainda está muito vivo. Cristão tem que ter carro do ano sim, ser próspero sim, mas antes tem que estar morto.

Mateus 3: 7 – 10
Essa era a mensagem que João pregava.
Frutos dignos de arrependimento = Tirar as máscaras.
No batismo daquela época, as pessoas confessavam os seus pecados em voz alta, e isso mostrava o arrependimento verdadeiro deles. Hoje, não é assim, pois o medo de não ser aceito socialmente e o que as pessoas vão pensar ainda é maior. Mas quem está arrependido não está preocupado se as pessoas sabem ou não.
Os fariseus estão com os dias contados.
Os falsos pastores estão com os dias contados.
O machado já está sobre a raiz.

Deus abençoe!
Pr. Eduardo Glavina