quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Personagens Bíblicos: Elias


ELIAS

O simples compromisso de Elias com Deus nos choca e nos desafia. Ele foi enviado para confrontar e não confortar, e transmitiu a mensagem do Senhor a um rei que, frequentemente, rejeitava sua mensagem, só porque ele a trazia.

Pontos fortes e êxitos
  • Foi o mais famoso e dramático profeta de Israel.
  • Predisse o início e o fim da seca de três anos e meio.
  • Foi usado por Deus para ressuscitar uma criança.
  • Representou Deus em uma demonstração contra os sacerdotes de Baal e Asera.
  • Apareceu com Moisés e Jesus no episódio da transfiguração no Novo Testamento.

 Fraquezas e erros: 
  • Escolheu trabalhar sozinho e pagou por isso com isolamento e a solidão.
  • Fugiu com medo de Jezabel quando esta ameaçou sua vida.

Lições de vida:
  • Nunca estamos mais próximos da derrota do que nos momentos de maior vitória.
  • Nunca estamos tão sós quanto podemos pensar ou nos sentir; Deus está sempre presente em nossas vidas.
  • Deus fala frequentemente com sussurros persistentes do que com gritos.

Informações essenciais:

Local: Gileade
Ocupação: Profeta
Contemporâneos: Acabe, Jezabel, Acazias, Obadias, Jéu e Hazael.

Versículos-chave: “Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: Ó Senhor Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu és o Senhor Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração. Então caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego” (1 Reis 18.36-38).

A história de Elias encontra-se em 1 Reis 17.1−2 Reis 2.11. Ele também é mencionado em 2 Crônicas 21.12-15; Malaquias 4.5-6; Mateus 11.14; 16.14; 17.3-17; 27.47-49; Lucas 1.17; 4.25-26; João 1.19-25; Romanos 11.2-4; Tiago 5.17-18.

domingo, 25 de agosto de 2013

O Pecado para a Morte e a Blasfêmia contra o Espírito Santo



Não são poucos os pregadores  que ameaçam os críticos das atuais "manifestações espirituais" de cometerem o pecado sem perdão, a blasfêmia contra o Espírito Santo. Mas, será? O pecado para a morte é mencionado por João em sua primeira carta: 

"Há pecado para morte, e por esse não digo que rogue (5.16c)".

A morte a que João se refere é a morte espiritual eterna, a condenação final e irrevogável determinada por Deus, tendo como castigo o sofrimento eterno no inferno. Todos os demais pecados podem ser perdoados, mas o “pecado para morte” acarreta de forma inexorável a condenação eterna de quem o comete, a ponto do apóstolo dizer: "e por esse não digo que rogue". E o apóstolo continua:

"Toda injustiça é pecado, e há pecado não para a morte (5.17; cf. 3.4)".

João não está sugerindo que a distinção entre pecado mortal e pecado não mortal implique na existência de pecados que não sejam tão graves assim. Todo pecado é contra o Deus justo, contra a sua justiça. Portanto, todo pecado traz a morte, que é a penalidade imposta por Deus contra o pecado. Mas, para que seus leitores não fiquem aterrorizados, João repete: há pecado não para morte (5.17b). Nem todo pecado é o pecado mortal. Há perdão e vida para os que não pecam para a morte. O Senhor mesmo convida seu povo a buscar o perdão que ele concede (Is 1.18).

O que, então, é o pecado para a morte? O apóstolo João não declara explicitamente a que tipo de pecado se refere. Através dos séculos, estudiosos cristãos têm procurado responder a esta pergunta. Alguns têm entendido que João se refere à morte física, e têm sugerido que se trata de pecados que eram punidos com a pena de morte conforme está no Antigo Testamento (Lv 20.1-27; Nm 18.22). Não adiantaria orar pelos que cometeram pecados punidos com a morte, pois seriam executados de qualquer forma pela autoridade civil. Ou então, trata-se de pecados que o próprio Deus puniria com a morte aqui neste mundo, como ele fez com os filhos de Eli (2Sm 2.25), com Ananias e Safira (At 5.1-11) e com alguns membros da igreja de Corinto que profanavam a Ceia (1Co 11.30; cf. Rm 1.32).

A Igreja Católica fez uma classificação de pecados veniais e pecados mortais, incluindo nos últimos os famosos sete pecados capitais, como assassinato, adultério, glutonaria, mentira, blasfêmia, idolatria, entre outros. Este tipo de classificação é totalmente arbitrário e não tem apoio nas Escrituras.

A interpretação que nos parece mais correta é que João está se referindo à apostasia, que no contexto de seus leitores, significaria abandonar a doutrina apostólica que tinham ouvido e recebido e seguir o ensinamento dos falsos mestres, que negava a encarnação e a divindade do Senhor Jesus. “Pode-se inferir do contexto que este pecado não é uma queda parcial ou a transgressão de um determinado mandamento, mas apostasia, pela qual as pessoas se alienam completamente de Deus” (Calvino).

Trata-se, portanto, de um pecado doutrinário, cometido de forma voluntária e consciente, similar ao pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo, cometido pelos fariseus, e que o Senhor Jesus declarou que não haveria de ter perdão nem aqui nem no mundo vindouro (cf. Mt 12.32; Mc 3.29; Lc 12.10). Em ambos os casos, há uma rejeição consciente e voluntária da verdade que foi claramente exposta.

No caso dos leitores de João, a apostasia seria mais profunda, pois teriam participado das igrejas cristãs, como se fossem cristãos, participado das ordenanças do batismo e da Ceia, participado dos meios de graça. À semelhança dos falsos mestres que também, antes, tinham sido membros das igrejas, apostatar seria sair delas (2.19), e se juntar aos pregadores gnósticos e abraçar a doutrina deles, que consistia numa negação de Cristo.

Tal pecado era “para a morte” por sua própria natureza, que é a rejeição final e decidida daquele único que pode salvar, Jesus Cristo. “Este pecado leva quem o comete inexoravelmente a um estado de incorrigível embotamento moral e espiritual, porque pecou voluntariamente contra a própria consciência” (J. Stott).

É provavelmente sobre pessoas que apostataram desta forma que o autor de Hebreus escreveu, dizendo que “é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia” (Hb 6.4-6). Ele descreve essa situação como sendo um viver deliberado no pecado após o recebimento do pleno conhecimento da verdade. Neste caso, “já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários” (Hb 10.26-27). Este pecado é descrito como calcar aos pés o Filho de Deus, profanar o sangue da aliança com que foi santificado e ultrajar o Espírito da graça (Hb 10.29), uma linguagem que claramente aponta para a blasfêmia contra o Espírito e a negação de Jesus como Senhor e Cristo (ver também 2Pd 2.20-22, onde o apóstolo Pedro se refere aos falsos mestres).

Não é sem razão que o apóstolo João desaconselha pedirmos por quem pecou dessa forma.

Alguém pode perguntar se Deus fecharia a porta do perdão se pessoas que pecaram para a morte se arrependessem. Tais pessoas, porém, não poderão se arrepender. Elas não o desejam. E além disto, o Senhor determinou sua condenação, a ponto de João não aconselhar que oremos por elas. “Tais pessoas foram entregues a um estado mental reprovável, estão destituída do Espírito Santo, e não podem fazer outra coisa senão, com suas mentes obstinadas, se tornarem piores e piores, acrescentando mais pecado ao seu pecado” (Calvino).

Notemos que nestes versículos João não chama de “irmão” aquele que peca para a morte. Apenas declara que há pecado para a morte e que não recomenda orar pelos que o cometem. É evidente que os nascidos de Deus jamais poderão cometer este pecado.

Portanto, não se impressione com as ameaças de pastores do tipo "você está blasfemando contra o Espírito Santo" se o que você estiver fazendo é simplesmente perguntando qual a base bíblica para cair no Espírito, rir no Espírito, a unção da leoa, e outras "manifestações" atribuídas ao Espírito Santo.

 Por: 



domingo, 18 de agosto de 2013

Pastores da Igreja Pingo D’Água são jovens, falam gírias, têm piercings e pregam até em rampas de skate



O encontro deles sempre começa com um bate-papo de “irmão”. Ou de “brother”, “velho”, e até de “rapá”, a critério dos pastores da Igreja Evangélica Pingo D’Água, com sede no conjunto habitacional Cesarão, em Santa Cruz. Só depois dos cumprimentos iniciais, cheios de gírias, é que os religiosos ensinam a principal palavra da noite, a de Deus. Nas reuniões à beira de pistas de skate do bairro e de Realengo, pregam para punks e hippies.
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Foto: Freelancer / Agência O Globo
Foto: Alexandro Auler / Extra
— No início, alguns jovens ficam meio desconfiados, até com um certo preconceito, porque não usamos terno e gravata. Isso é quebrado quando nos veem falando de Deus como nas outras igrejas. Só que de uma forma mais livre — observa o guitarrista da banda Pingo D’Água, Vitor Gabriel, que é missionário e prega na praça do Marco Onze, em Santa Cruz.
Aos 28 anos, o ex-roqueiro prepara-se para a cerimônia em que será consagrado pastor oficial da igreja. E isso desde que chegou lá, há quatro anos, mostrando vocação ao orientar o público a respeitar pai e mãe e autoridades, como guardas de trânsito.
— Deixei minha casa, minha TV, meu computador e vim morar numa barraca aqui. Estava em depressão, bebia e tive contato com drogas — diz.
Vitor chegou com o necessário: o colchão de solteiro e a mala de roupas, que arrumou na barraca armada no descampado da sede da igreja. Lá casou-se e construiu uma casa.
Foto: Alexandro Auler / Extra
Igreja foi fundada há 9 anos
Com A de amor, P de perdão e O de obediência, o pastor Valmar Neves, de 39 anos, batizou a igreja de Pingo D’Água há nove anos. Fruto do trabalho social com moradores e menores de rua que ele, surfista e skatista, fazia em igrejas como a da pastora Baby do Brasil (sim, ela mesma).
— Pastor Valmar ia criar uma ONG, mas Deus falou para ele fundar a igreja, que é alternativa porque há uma multiforma de culturas — conta Alexander da Silva, o primeiro pastor formado lá, há oito anos.
Sem o curso de Teologia ou algo parecido para o posto de pastor, os líderes fazem treinamentos práticos e com o estudo da palavra de Deus, cada um no seu tempo, segundo conta Alexander.
E o do grafiteiro Tiago da Soledade, o Cety, foi de três anos. Aos 30, ele estuda a Bíblia, com seguidores, sentado no chão das praças de Realengo.
— Não sonhava com isso. Foi acontecendo, as pessoas me reconheciam como pastor antes da minha ordenação — conta.
Integrantesda Igreja Gota Dagua na comunidade do Cesarião em Santa Cruz.
Integrantesda Igreja Gota Dagua na comunidade do Cesarião em Santa Cruz. Foto: Alexandro Auler / Extra
Estudo da Bíblia com muito reggae e rock
Os fiéis da Pingo D’Água, com seis unidades no Brasil, são “tradicionalistas” como os pastores da igreja, 12 deles no Rio. Nos cultos das praças ou no da sede, onde moram dez cristãos, estão sempre vestidos como manda o figurino. Pastor Tiago, com seu black power, chega de bermuda e camiseta. Vitor, com dez tatuagens, o alargador na orelha e o piercing no nariz. Faixa roxa de jiu-jítsu, pastor Jefferson Nunes, de 24 anos, usa até chinelos.
— Venho pregar assim. Não tem grilo — conta.
O estudo da Bíblia com o público é recheado de canções de reggae, rock e pop. Todas gospel. Muitas vezes executadas pela banda Pingo D’Água, que fez sucesso no meio gospel com o samba “O diabo é maconheiro”. Uma palhinha: “E o inferno é um gigantesco bagulho. E a erva quem é? É você, mané”, diz a letra.
— Pregamos em outro templo que a igreja dos dias de hoje precisa acordar para o povo. E tocamos. O pastor de lá pegou o microfone, nos esculachou e criticou as tatuagens — lamenta pastor Daniel Montenegro, de 27 anos.
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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Reencarnações de Jesus Cristo?



Há uma semana surgiu a notícia do falecimento de José Luiz de Jesus Miranda, fundador da Igreja Crescendo em Graça. Ele dizia ser Jesus Cristo e anunciou que no dia 30 de junho de 2012 seu corpo seria transformado, fazendo com que ele se tornasse imortal. Desde que isso não se confirmou, ele sumiu da mídia. Embora não tenha sido confirmada oficialmente, sua morte apenas aumenta a longa lista de pessoas clamando ser Jesus.
É mais um cumprimento da profecia de Mateus 24:23-26 “Se, então, alguém disser: ‘Vejam, aqui está o Cristo!’ ou: ‘Ali está ele!’, não acreditem. Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos. Vejam que eu os avisei antecipadamente. “Assim, se alguém disser: ‘Ele está lá, no deserto!’, não saiam; ou: ‘Ali está ele, dentro da casa!’, não acreditem”.
Desde os primeiros séculos surgiram pessoas que declaravam ser (ou eram consideradas por seus seguidores) a encarnação ou a reencarnação de Jesus Cristo, ou ainda a Segunda Vinda de Cristo. Isso sem contar os milhares de casos de pessoas perturbadas mentalmente que fizeram esse tipo de declaração.
John Nichols Thom (1799-1838), rebelde contra o governo, dizia ser o “salvador do mundo” e a reencarnação de Jesus Cristo em 1834. Foi morto por soldados britânicos na Batalha de Bossenden Wood, em 31 de maio de 1838 na cidade de Kent, Inglaterra.


Arnold Potter (1804-1872), apostatou da Igreja dos Santos dos Últimos Dias líder (mórmons), Afirmava que o espírito de Jesus Cristo entrou em seu corpo e ele se tornou “Potter Cristo”, Filho do Deus vivo. Morreu numa tentativa de “subir ao céu” ao pular de um penhasco.






Bahá’u'lláh (1817-1892), nascido numa família muçulmana xiita, em 1844 afirmou ser o cumprimento profetizado e Prometido de todas as grandes religiões. Ele fundou a Fé Bahá’í em 1863, que tem seguidores até hoje em todo o mundo.




William W. Davies (1833-1906), líder da seita Reino dos Céus localizado em Walla Walla, Washington (1867-1881). Ele ensinava a seus seguidores que era o arcanjo Miguel, mas já havia vivido como Adão, Abraão e Davi. Quando seu filho Arthur nasceu, em 11 de fevereiro de 1868, Davies afirmou que a criança era a reencarnação de Jesus Cristo. Quando David, o segundo filho de Davies, nasceu em 1869, ele passou dizer que era Deus, o Pai.



Mirza Ghulam Ahmad, (1835-1908), natural da Índia afirmou ser o aguardado Mahdi, bem como a segunda Vinda de Jesus, o Messias prometido no final do tempo. Ele foi a única pessoa na história islâmica que alegava ser ambos. Afirmava ser Jesus, no sentido metafórico, em caráter. Fundou a Movimento Ahmadiyya em 1889, alegando ser comissionado por Deus para reformar a humanidade.




Lou de Palingboer (1898-1968), fundador e líder de uma seita da Holanda, que dizia ser “o corpo ressuscitado de Jesus Cristo.”





Haile Selassie I (1892-1975) não dizia abertamente ser Jesus, mas o movimento Rastafari, que surgiu na Jamaica durante os anos 1930, acredita que ele é a Segunda Vinda . Incorporou isso quando se tornou imperador da Etiópia em 1930, defendendo ser a confirmação do retorno do Messias no Livro de Apocalipse. Também é chamado de Jah Ras Tafari, e os seguidores do movimento Rastafari dizem que ele deve retornar uma segunda vez para iniciar o dia de julgamento. A seita continua crescendo em parte graças a grupos de reggae, e teria cerca de um milhão de seguidores.

Ernest Norman (1904-1971), um engenheiro elétrico que fundou a Academia Unarius de Ciência, em 1954, Dizia ser a encarnação terrena de um arcanjo chamado Raphiel, mas já vivera na terra como outras figuras notáveis, incluindo Confúcio, Sócrates e Jesus. Faleceu em 1971, mas a Unarius ainda se mantém e oferece terapia de vidas passadas para curar todo tipo de mal.

Krishna Venta (1911-1958), fundados da seita Fonte de sabedoria, conhecimento, fé e amor, na Califórnia, no final de 1940. Em 1948, declarou que ele era o Cristo, o novo messias e que chegou à Terra vindo do planeta Neophrates, já extinto. Foi assassinado dois ex-seguidores descontentes que o acusavam de Venta mau uso do dinheiro da seita e de ter abusado de suas esposas.

Ahn Sahng-Hong (1918-1985), sul-coreano que fundou a Igreja de Deus Nova Aliança da Páscoa em 1964, que se tornou a Sociedade Missionária Mundial de Deus. Ele seria a Segunda Vinda de Jesus e depois passou a se declarar o próprio Deus Pai.



Sun Myung Moon (1920-2012), mais conhecido como Reverendo Moon, fundador da Igreja da Unificação. Ensinava ser o Messias e a Segunda Vinda de Cristo, cumprindo a missão inacabada pelo Jesus bíblico. Os membros da Igreja da Unificação ainda consideram Sun Myung Moon e sua esposa, Hak Ja Han, os Verdadeiros Pais da humanidade, Adão e Eva restaurados à sua plenitude.


Jim Jones (1931-1978), fundador do Templo dos Povos. Inicialmente um líder protestante, passou a se dizer reencarnação de Jesus, Akhenaton , Buda e o Divino Pai. Alegando perseguição religiosa nos EUA, levou seus seguidores para Jonestown , Guiana, onde organizou um suicídio coletivo dia 18 de novembro de 1978.





Marshall Applewhite (1931-1997), fundador da seita Portão do céu, usou a internet para se declarar Jesus Cristo e reunir seguidores. Todos cometeram suicídio coletivo dia 26 de março de 1997, quando passou pela Terra o cometa Hale-Bopp . Eles acreditavam que iriam se encontrar com ele no céu, pois na verdade seria uma nave espacial que veio buscá-los.








Wayne Bent (1941 -), seu verdadeiro nome é Michael Travesser. Fundador da Igreja o Senhor é Nossa Justiça. Ele afirma: “Sou a personificação de Deus, sou a divindade e a humanidade combinado”. Iniciou seu seita em 1989, quando convenceu alguns adventistas a abandonarem a igreja e segui-lo numa vida sem pecados. A partir de 2000 disse ter ouvido Deus dizer: “Você é o Messias”. Foi condenado à prisão em 15 de dezembro de 2008, por abuso sexual de menores.



Ariffin Mohammed (1943 -), também conhecido como “Ayah Pin”, fundou a seita Reino dos Céus, na Malásia , em 1975, logo proibida pelo governo. Ele afirma a seus seguidores ter contato direto com os céus, sendo considerado a encarnação de Jesus, bem como de Shiva, de Buda e de Maomé.


Matayoshi Mitsuo (1944 -), um político conservador japonês, que em 1997 criou a Partido Mundial da Comunidade Econômica, com base em sua convicção de que ele é Deus e Cristo. De acordo com seu programa, ele fará o último julgamento como Cristo, mas dentro do sistema político atual.












José Luis de Jesús Miranda (1946 – 2013), porto-riquenho fundador e líder da Igreja Crescendo em Graça. Afirma que o Cristo ressuscitado se apossou do seu corpo em 1973, quando 2 espíritos lhe avisaram disso.  Anunciou que passaria por uma grande transformação em 2012, tornando-se imortal. Sua morte em decorrência de um câncer não é confirmada pela igreja que conta com 710 centros de culto em 25 países.


Inri Cristo (1948 -), um astrólogo brasileiro que afirma desde 1969 ser o segundo Jesus reencarnado. Vive em Brasília, considerado por ele e seus discípulos como a “Nova Jerusalém” mencionada no Apocalipse.












Shoko Asahara (1955 -), fundou o controverso japonês grupo religioso Aum Shinrikyo , em 1984. Ele declarou ser “o Cristo” e ” Cordeiro de Deus “. Seria o único só mestre do Japão plenamente iluminado. Divulgou uma profecia sobre o fim do mundo, que incluiu uma Terceira Guerra Mundial, que terminaria em um bombardeamento nuclear. A humanidade iria acabar, exceto para os poucos que seguissem a Aum. Ficou famoso quando realizou o ataque com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995. Desde então está preso e foi condenado à morte, mas ainda aguarda a execução.






David Koresh (1959-1993), nascido Vernon Wayne Howell, foi o líder da seita “Davidiana” com sede em Waco, Texas. Em 1983 começou a dizer que era o último profeta e “o Filho de Deus, o Cordeiro”. Reuniu seus seguidores e um grande arsenal em uma fazenda, em 1993. O FBI invadiu o local, numa operação que terminou com um incêndio da sede do grupo. Além de Koresh, morreram 54 adultos e 21 crianças.








Hogen Fukunaga (1945 -), fundador no Japão, em 1987, a Ho No Hana Sanpogyo , conhecida como seita da “leitura do pé”. Ele diz ter passado por uma experiência espiritual quando descobriu ser a reencarnação de Jesus Cristo e de Sidarta Gautama, o Buda.







Marina Tsvigun (1960 -), ou Maria Devi Christos, líder da Grande Fraternidade Branca . Em 1990, ela conheceu Yuri Krivonogov, que passou a afirmar que Marina era um novo messias e mais tarde se casou com ela.














Sergey Torop (1961 -), um ex-guarda de trânsito russo, que afirma ter “renascido” como Vissarion, Jesus Cristo embora ressalte que ele não é “Deus”, mas a ” palavra de Deus “. Fundou a Igreja do Último Testamento. Em 1990 mudou-se para o sul da Sibéria, onde vive com seus discípulos na comunidade espiritual Tiberkul Ecopolis. Ele tem várias esposas e diz ter 10 mil espalhados pelo mundo.









David Shayler (1965 -) é um inglês, ex-agente do serviço secreto MI5 que, no verão de 2007, proclamou ser o Messias. A “descoberta” da nova identidade veio após o consumo de cogumelos alucinógenos. Afirma que um espírito apareceu e lhe deu a notícia. `Passou então a andar apenas com roupas brancas e sem sapatos. Defende o uso de drogas como algo espiritual. Lançou uma série de vídeos no YouTube onde afirma ser Jesus. Vive com alguns seguidores numa comunidade seminômade, ocupando casas vazias em Londres ou no interior da Inglaterra. Ele afirma ter um “lado mulher” e assume por vezes a personalidade de Delores Kane. Explica que não se trata de homossexualidade. “É como balancear as coisas [os lados feminino e masculino], como se eu pudesse esquecer quem sou “, justifica.


Oscar Ramiro Ortega-Hernandez (1990 -). Em novembro de 2011, disparou nove tiros com um rifle AK-47 contra a Casa Branca, em Washington. Dizendo ser Jesus Cristo, disse que foi enviado para matar o presidente Barack Obama, que seria o Anticristo.






Alan John Miller (1962 -), mais conhecido como AJ Miller. Australiano, é um ex- Testemunha de Jeová e líder do movimento Verdade Divina. Miller afirma ser Jesus Cristo reencarnado e quer espalhar mensagens que ele chama de “Verdade Divina”. Ele faz vários seminários sobre o tema e usa várias formas de mídia, principalmente a internet. Vive com Mary Suzanne Luck, que seria o retorno de Maria Madalena a Terra.






quarta-feira, 14 de agosto de 2013

"Batalhardes pela Fé"- Um resumo da carta de Judas.



A Bíblia ressalta o perigo de pessoas que falam de Deus mas não ensinam a verdade dele. Jesus falou de "falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores" (Mateus 7:15). O apóstolo Paulo disse que, mesmo dentre os presbíteros de Éfeso, se levantariam "homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles" (Atos 20:30). E Judas exorta os discípulos a ficarem atentos aos homens que não trazem a fé verdadeira.

Apelo à batalha (1-4). É provável que Judas seja irmão do próprio Jesus (veja Mateus 13:55), mas se descreve simplesmente como servo, algo que ele tem em comum com todos que são "chamados, amados...e guardados em Jesus Cristo" (1-2). Desejando escrever da salvação comum entre eles, Judas viu a necessidade de encorajá-los a batalharem "diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (3).
A "fé" de que Judas fala é a doutrina revelada por Cristo e seus apóstolos e profetas (veja Efésios 3:3-5; Atos 6:7, 8:13; Gálatas 1:23). Esta doutrina já havia sido entregue aos santos "uma vez por todas" durante a vida de Judas, no primeiro século. O motivo da exortação a lutar é que algumas pessoas entraram desapercebidas no meio dos irmãos e estavam ensinando como doutrina práticas que levariam os discípulos a abusarem da graça do Senhor e negarem a autoridade absoluta dele (4). Quem não lutar, preparado pelo conhecimento e pela prática da fé revelada por Cristo, por sua ignorância e sossego cairá em castigo com os homens condenáveis que trazem doutrina falsa.

Condenação dos ímpios (5-16). Deus nunca aceitou rebeldia contra sua autoridade: não de seu próprio povo escolhido (5), nem de anjos (6), nem de outros povos na terra (7). Judas avisa que aqueles que ensinam libertinagem são rebeldes, sem respeito pelo governo de Deus (8-9). Não compreendendo a graça do Senhor, agem feito animais (10), e seguem os mesmos caminhos de homens como Caim, Balaão, e Corá (11; veja Gênesis 4; Números 22-24; Números 16-17). Com imagens fortes Judas mostra que a aparência de homens como esses é só engano, e que Deus, desde muito, prepara juízo contra sua impiedade, sensualidade, arrogância e ganância (12-16).

Defesa contra falsos mestres (17-25). A luta para escapar do engano começa com a palavra revelada, que tanto ensina o caminho reto como mostra o caráter dos enganadores (17-19). É necessário crescer na fé, estudando a palavra e orando ao Senhor com amor e com a forte esperança de alcançar a vida eterna (20-21). Depois dos cuidados pessoais, é também necessário ajudar outros a superarem suas dúvidas e fraquezas (22-23). A verdadeira garantia da vitória é que Deus tem o poder e a vontade de salvar todos que buscam servi-lo honestamente e que com humildade se submetem à sua soberania eterna (24-25).

  • Se a fé já foi entregue "uma vez por todas" no passado, devemos seguir ou esperar revelações novas? (1-4)
  • O que Deus faz com os que o desobedecem e que ensinam e encorajam outros a desobedecerem? (5-16)
  • O que devemos fazer para não sermos enganados pelos ímpios? (17-25)

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Todas as coisas são lícitas?


Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.
1 Coríntios 6:12


A liberdade se tornou o alvo principal na vida de muitas pessoas. Desejam ser e fazer o que querem, sem nenhuma limitação imposta por outros. As perspectivas de Deus e da sua palavra são bem divergentes. Alguns enxergam Deus como um grande estraga prazer. Outros levam a questão ao outro extremo e procuram usar a própria Bíblia para “provar” que Deus não impõe quase nenhuma restrição na vida das suas criaturas. Estas pessoas encontram um prato cheio na primeira carta de Paulo aos coríntios. Quatro vezes em dois versículos diferentes, Paulo disse que “todas as coisas são lícitas” (1 Coríntios 6:12; 10:23). Quando alguém reprova qualquer conduta, dizendo que Deus não aprova, estas pessoas libertinas já têm a resposta na ponta da língua: “Todas as coisas são lícitas” e pronto! Não precisa provar mais nada!
O problema com essa abordagem é que o contexto de 1 Coríntios dá outro sentido às palavras de Paulo. Ele respondeu às perguntas dos coríntios usando ironia para destacar as ideias absurdas deles. Vejamos alguns outros exemplos do mesmo livro antes de voltar para esses dois versículos.
Falando sobre a autoridade apostólica, ele disse em 1 Coríntios 4:9“...parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar”. Deus colocou os apóstolos em último lugar no seu reino? Tanto Paulo como os coríntios sabiam que não era bem assim. Em 1 Coríntios 12:28, o mesmo autor disse: “A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos....”. Então, como entender a primeira afirmação? Paulo usou ironia para descrever a maneira que alguns distorciam a realidade e tentavam minimizar a autoridade apostólica.
Tratando de problemas relacionados ao amor e a liberdade, ele disse em 1 Coríntios 8:1 “reconhecemos que todos somos senhores do saber”. Será que somos mesmo? É claro que não. Paulo chamou atenção dos leitores imitando a arrogância deles. Ao invés de demonstrar a humildade e mansidão necessárias para aprender a verdade (veja Tiago 1:21), estes orgulhosos se achavam donos da verdade. Neste caso, Paulo corrigiu logo esta perversão dos fatos. No próximo versículo ele nega essa afirmação, dizendo: “Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber” (1 Coríntios 8:2). No mesmo capítulo, no versículo 7, ele disse: “Entretanto, não há esse conhecimento em todos...” Todos nós somos senhores do saber, donos da verdade? Absolutamente não!


Paulo usa a mesma ironia em 1 Coríntios 6:12 quando diz: “Todas as coisas me são lícitas....” Será que não há limite na vida do cristão? Devemos isolar esta frase e interpretá-la ao pé da letra para dizer que o cristão fica livre para fazer o que quiser? Tais conclusões deste versículo ilustram bem o problema de pessoas interpretarem as Escrituras de uma maneira desonesta para tentar justificar seu desrespeito para com Deus. É claro que há limites na nossa vida, impostos pelo nosso Criador. Neste mesmo capítulo, Paulo acabara de dizer que as pessoas que praticam pecado não herdarão o reino de Deus (1 Coríntios 6:9-10). Tirando qualquer dúvida, ele acrescenta poucos versículos depois que devemos fugir da imoralidade, pois é pecado (1 Coríntios 6:18). Somente por meio de uma leitura muito seletiva alguém usaria as palavras de Paulo para defender sua libertinagem. Todas as coisas são lícitas? Absolutamente não! (veja 1 Coríntios 6:15).
Falando sobre carne sacrificada aos ídolos, Paulo disse: “Todas as coisas são lícitas” (1 Coríntios 10:23). Algumas pessoas pervertem o sentido desse versículo para anular a proibição absoluta de Atos 15:20 e 29, onde o Espírito Santo proibiu o comer carne sacrificada aos ídolos e o comer sangue. Mas, em 1 Coríntios 10:20-22, Paulo afirma que a pessoa que come carne sacrificada aos ídolos está em comunhão com demônios, e não com Cristo! Jesus condenou cristãos que praticaram esse pecado (Apocalipse 2:14,20). Todas as coisas são lícitas? Absolutamente não!
Outros autores defendem o mesmo princípio de obediência às limitações impostas por Deus. Pedro nos chama à santidade e ao temor de Deus (1 Pedro 1:13-17). João reconhece o problema da desobediência, e exorta os leitores a não viver no pecado (1 João 1:5-10; 2:1-3; 3:6). Os servos de Deus vivem debaixo das limitações impostas pelo Rei, Jesus Cristo (1 Coríntios 9:21).

por Dennis Allan

sábado, 10 de agosto de 2013

Jesus-Rei e Perfeito Sacerdote



Jesus é descrito de vários modos nas Escrituras. Ele é o bom pastor, o Pastor Supremo (João 10:11; 1 Pedro 5:4), Rei (Apocalipse 19:16; Atos 2:29-36), profeta (Deuteronômio 18:17-19; Atos 3:22-23; Lucas 13:33), Mediador (Hebreus 8:6) e salvador (Efésios 5:23). Cada uma destas descrições salienta alguma função que Jesus desempenha no plano da salvação. Talvez a mais completa descrição de Jesus com respeito a sua obra redentora seja a de sumo sacerdote.

O Velho Testamento nos ajuda a entender a obra de um sumo sacerdote. O sumo sacerdote levita agia como representante dos homens, entrando na presença do Senhor para oferecer sangue em benefício dos homens pecadores. Em nenhum outro lugar esta função é ilustrada mais vividamente do que nos eventos do Dia da Expiação. Neste dia, o décimo dia do sétimo mês de cada ano, o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos do tabernáculo para fazer expiação pelos seus próprios pecados e pelos do povo.

Levítico 16 descreve o que era feito neste dia. O sumo sacerdote, depois de lavar seu corpo e vestir as vestes santas, punha um incensário cheio de incenso no Santo dos Santos para formar uma nuvem sobre o propiciatório. O Santo dos Santos era a menor das duas salas dentro do tabernáculo. A arca da aliança ficava localizada nesta sala e era ali que Deus se encontrava com o homem. A cobertura da arca da aliança era chamada de propiciatório. Dois bodes eram escolhidos como oferenda pelo pecado e sortes eram lançadas sobre eles. Um bode teria que ser morto e oferecido ao Senhor em benefício do povo; o outro seria um bode emissário. Um novilho era selecionado também como uma oferenda pelo sumo sacerdote e sua família.

O sumo sacerdote matava o novilho fora do santuário propriamente e levava um pouco de sangue do novilho para dentro do Santo dos Santos, onde aspergia-o sobre o propiciatório. Em frente do propiciatório ele aspergia sangue, com o dedo, sete vezes, para fazer expiação por seus próprios pecados e os de sua família. A nuvem de incenso na sala protegia-o de ver o Senhor e morrer como conseqüência. Ele, então, matava o bode selecionado por sorte para ser a oferenda e levava um pouco de sangue para dentro do Santo dos Santos, mais uma vez espalhando o sangue em cima e na frente do propiciatório, para fazer expiação pelos pecados do povo. Depois, o bode vivo era levado para o deserto e solto, levando embora consigo os pecados do povo. Os corpos do novilho, do bode e de um carneiro oferecido como holocausto eram totalmente queimados.

O livro de Hebreus declara que Jesus também é um sumo sacerdote (Hebreus 2:17; 3:1; 4:14). O profeta Zacarias predisse que Jesus seria um sacerdote em seu trono, isto é, Jesus seria tanto sacerdote quanto rei ao mesmo tempo (Zacarias 6:12-13). Jesus nasceu judeu, descendente de Davi e, assim, da linhagem da tribo de Judá. Contudo, Deus escolheu os descendentes de Levi para serem sacerdotes. Assim Jesus, vivendo sob a Lei de Moisés, poderia ser rei porque era da tribo real (Judá) e ainda mais da de Davi (veja 2 Samuel 7:12-16; Atos 2:29-31). Mas Jesus não poderia ser um sacerdote segundo a Lei de Moisés porque não era da tribo certa. O escritor de Hebreus afirma que Jesus era sumo sacerdote segundo uma ordem diferente, não segundo a ordem de Arão (ou da tribo de Levi), mas segundo a ordem de Melquisedeque (5:6,10; 6:20). Ele explica:

"Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico (pois nele baseado o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? ...Porque aquele de quem são ditas estas cousas pertence a outra tribo, da qual ninguém prestou serviço ao altar; pois é evidente que nosso Senhor procedeu de Judá, tribo à qual Moisés nunca atribuiu sacerdotes" (Hebreus 7:11,13-14).

Mas porque Melquisedeque? Quem foi Melquisedeque? O escritor de Hebreus nota que ele foi tanto sacerdote como rei de Salém (outro nome de Jerusalém; veja Gênesis 14:18-20; Hebreus 7:1). Ele também observa que as escrituras do Velho Testamento dão a Melquisedeque a aparência de ser eterno, não sendo registrado seu nascimento, linhagem ou morte (7:1-3). Assim, existem algumas semelhanças entre Melquisedeque e Jesus. Melquisedeque parece continuar para sempre como sacerdote, porque as Escrituras nunca registram sua morte. Jesus, sendo divino, vive e serve para sempre como sacerdote (Hebreus 7:23-25). Melquisedeque era tanto rei quanto sacerdote ao mesmo tempo (que era impossível sob a Lei de Moisés). Jesus é tanto rei como sacerdote ao mesmo tempo, em cumprimento da profecia de Zacarias.

O autor de Hebreus também observa a conseqüência inevitável do sacerdócio de Jesus Cristo. Se o sacerdócio for mudado da ordem de Arão para a de Melquisedeque, necessariamente a lei associada com o sacerdócio levítico tem que ser mudada. "Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei" (7:12). A Lei de Moisés, associada com o sacerdócio levítico, foi anulada quando o sacerdócio foi mudado (7:18-19).

A obra sacerdotal de Jesus é explicada pelo escritor de Hebreus em termos de atos do sumo sacerdote levita no Dia da Expiação. Exatamente como o sumo sacerdote levita entrava no Santo dos Santos do tabernáculo, isto é, na presença de Deus, com sangue para fazer a expiação pelos pecados, assim Jesus entrou no Santo dos Santos com sangue (9:11-12). Mais ainda, Jesus não ofereceu seu sangue num tabernáculo físico, feito por mãos humanas. Ele ofereceu seu sangue na presença de Deus, no céu.

No Dia da Expiação, o derramamento de sangue realmente acontecia fora do Santo dos Santos. Os animais eram mortos e o sangue deles recolhido no pátio do tabernáculo. O sumo sacerdote então oferecia o sangue a Deus quando o aspergia em frente do propiciatório. De modo semelhante, o sangue de Jesus foi derramado na cruz, fora do Santo dos Santos celestial. Ele foi sepultado e no terceiro dia ressurgiu. Depois de 40 dias ele ascendeu ao céu, em sentido figurado, e apresentou seu sangue diante de Deus. É fácil observar a importância da ressurreição a este respeito. Ainda que o sangue seja derramado em sua morte, Jesus realmente ofereceu seu sangue ao Pai quando ascendeu ao céu depois de sua ressurreição (João 20:17; Atos 1:9-10).

De conformidade com o propósito do escritor de Hebreus, Jesus é apresentado como um sumo sacerdote superior aos sacerdotes levitas. Os sumos sacerdotes do Velho Testamento, oferecendo sangue pelos pecados do povo, eram, eles mesmos, realmente pecadores (Hebreus 5:1-3; 7:26-27). Antes que o sumo sacerdote pudesse fazer intercessão pelo povo no Dia da Expiação, ele tinha que oferecer um novilho pelos seus próprios pecados. Jesus, contudo, ainda que tentado, era sem pecado (Hebreus 2:18;4:15;7:26). Ainda mais, Jesus não fica impedido pela morte em seu serviço como sumo sacerdote. Os sacerdotes do Velho Testamento, sendo homens, morriam e o serviço de sumo sacerdote era passado ao próximo homem apontado pelo mandamento da Lei de Moisés. Jesus vive para sempre e é assim capaz de continuar com seu serviço sacerdotal tanto tempo quanto for necessário (Hebreus 7:23-25). Até mesmo o local do seu serviço é superior, sendo um tabernáculo celestial em vez de um físico. Jesus pode entrar na presença de Deus sem uma nuvem de incenso para protegê-lo porque ele não tem pecado.

Obviamente, o serviço sacerdotal de Jesus é superior em outro ponto importantíssimo. Jesus não ofereceu diante de Deus o sangue de um animal, um sacrifício inadequado para o perdão (Hebreus 10:4). Em vez disso, ele ofereceu seu próprio sangue, assim tornando-se tanto o sacerdote como o sacrifício (Hebreus 9:11-12, 28)! Pelo fato de seu sacrifício ter sido adequado para o perdão dos pecados, precisou ser feito somente uma vez, em contraste com os sacrifícios dos sacerdotes do Velho Testamento, que eram oferecidos ano após ano (Hebreus 9:12,24-28;10:10-14).

No tabernáculo e no templo do Velho Testamento, somente o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos, uma vez por ano, sempre com sangue como oferenda pelo pecado. Agora, contudo, o caminho para o Santo dos Santos celestial está aberto por causa da obra sacrifical de Jesus. Deus mostrou o significado da morte de Jesus rasgando o véu que separava o Santo dos Santos do Santo Lugar quando Jesus morreu (Mateus 27:51). O privilégio de entrar e habitar na presença de Deus no céu está disponível a todos através do sangue de Jesus Cristo (Hebreus 10:19-22). Assim como Jesus em sua pureza entrou na presença de Deus, também podemos entrar na presença de Deus purificados pelo sangue de Jesus Cristo. Deus seja louvado por esta maravilhosa esperança!

por Allen Dvorak