por: Antognoni Misael
Parece mentira o que está escrito no título acima né? Mas foi o que ocorreu em Goianésia-GO. Após alguns representantes das igrejas locais escolherem democraticamente a banda de rock Oficina G3 como atração evangélica que participaria do evento de Exposição Agropecuária – que comporta atrações seculares, mas que sempre reserva um espaço musical para católicos e evangélicos da cidade – , alguns líderes religiosos, não concordando com o estilo musical da banda acabaram acionando a comissão organizadora da festa e pedindo o cancelamento do show. Motivo? Segundo informou um site local (http://www.ocorreiogoiano.com.br/site/?p=noticias_ver&id=2183) a causa real estava relacionada a um “importante” líder da maior igreja do município que não concordava com o vestuário dos músicos: tatuagens no corpo, brincos e roupas espalhafatosas e outros acessórios que a igreja entende (segundo esse rev. santo) como um desrespeito a doutrina, além de que a presença desses músicos na cidade seria um “mau exemplo” para a juventude da cidade.
Gente, quanto mais tenho conhecimento de fatos como esse, mais passo a ter “medo” das ações e pensamentos dos “evangélicos”. Que vergonha de exemplo para os crentes dessa cidade! O que irá pensar sobre os cristãos, a galera do rock, os skatistas, os tatuados, os que usam roupas espalhafatosas? Que igreja é essa que exclui por aparência? Quem esse tal líder pensa que é? Se acha um exemplo, um modelo, um padrão de imagem divina? Me digam qual a imagem do crente? (ou se a sua imagem é a sua própria vida) Minha gente, por que tanto farisaismo? Cristo em nenhum momento das escrituras discriminou usos e costumes, não obstante, foi contundente com aqueles que se achavam mais puros e corretos. Nessas alturas não sei o que é pior: empurrar os pecados imorais pra debaixo do carpete do púlpito pastoral e viver na aparência de santidade ou se vestir de uma capa brilhosa de fariseu. Além disso, se o pastor não curte rock, não dá pra enfiar de goela abaixo seu gosto musical na juventude das igrejas que nesse momento ansiava por um som mais pesado e longe dos arquétipos de louvor e adoração “Valadão”, “Brum”, “Barros” tão enjoados e como diria João Alexandre cheios de”meras repetições”.
Conheço bem o Oficina G3, e embora sigam algumas regras de mercado gospel ( se bem que o público dos caras está mais maduros e muito dessa rapaziada nova foi fisgada pela chuva de Fernandinho e pelo britpop de Valadão), reconheço a verdade de que muita gente do rock curte o som dos deles, principalmente a galera que não professa a Cristo, sendo assim imagino a importância que o grupo tem no semear da palavra nessa turma diferenciada.
Quero registrar também que recentemente fui a um evento de música onde o Juninho Afram pregou para um público de músicos através de conceitos fundamentais da musicalidade. Tudo foi tão proveitoso e estimulante, pois nunca tinha visto alguém fazer de um evento secular (workshop) um canal de evangelização de forma simples e sem cara religiosa. Essa atitude do Juninho foi tão cristã e soou tão bem, cujos elogios por parte de crentes e não crentes presentes no evento, perduraram durante vários dias em reverberação na cidade de João Pessoa. Coisa que o tal pastorzinho ainda precisa aprender! Lamento.
Sinceramente, penso que muitos que se acham grandes homens de Deus na sociedade e na igreja precisam de fato encontrar-se com Jesus e com seus padrões de humildade e essência (não aparência), enquanto que os pequenos homens, mesmo tatuados, com vestes estranhas, ou cantando sob som de guitarras distorcidas, por serem tão ousados e incluídos na juventude precisam continuar cada vez mais diferentes e parecidos com Cristo, com certeza assim serão instrumentos de Deus na vida daqueles que vivem nos guetos de nossa sociedade.
sempre sera assim manda quem tem dinheiro.
ResponderExcluirPARABENS AOS PASTORES É RIDICULO ESSES CARAS COM ESSES BRINCO QUE NADA EDIFICA O REINO ,E SOBRE TRAJE VC PRECISA LER MAS BIBLIA POIS BIBLIA DIZ QUE QUANDO PEDRO ESTA PARA NEGAR JESUS ELES CHEGAM DIZER VOCE ATÉ VESTE COMO ELES ,É PRECISO SER DIFERENTE SIM PARABENS PASTORES.A CIDADE AGRADECE
ResponderExcluir