Seguindo a linha da ultima publicação do blog que se referia aos livros apócrifos, voltamos ao assunto para falar do Evangelho de Tomé, preservado em versão completa num manuscrito copta em Nag Hammadi, é uma lista de 114 ditos atribuídos a Jesus. Alguns são semelhantes aos dos evangelhos canônicos de Mateus, Marcos, Lucas e João, mas outros eram desconhecidos até a descoberta desse manuscrito em 1945. Tomé não explora, como os demais, a forma narrativa, apenas cita —de forma não estruturada— as frases, os ditos ou diálogos breves de Jesus a seus discípulos, contados a Tomé, dito Dídimo ("gêmeo" em grego), sem incluí-los em qualquer narrativa, nem apresentá-los em contexto filosófico ou retórico. Duas características marcantes do Evangelho de Tomé, que o diferenciam dos canônicos, são a recomendação de Jesus para que ninguém faça aquilo que não deseja ou não gosta e a ênfase não na fé, mas a descoberta de si mesmo.
Ao ler o evangelho de Tomé não se nota nada de interessante pode se dizer que é mais um manuscrito perdido que ninguém sabe se foi o próprio Tomé que escreveu e é bem parecido com os outros evangelhos Bíblicos,mas não narra uma historia e sim um apanhado dos ensinamentos de Jesus, mas de uma forma bem fria sem o brilho dos Evangelhos canônicos.No Evangelho, a identidade de Jesus entra em questão a partir do dito 13. Jesus propõe aos discípulos a que ele se assemelharia. Pedro dá-lhe uma dimensão sobrenatural, enquanto Mateus, o coloca entre os filósofos. Tomé afirma que Jesus é inefável. A filiação divina é assegurada, no dito 44, ao Jesus se referir a Deus como pai. O designativo principal para Jesus é o Vivente (dito 52).
Segundo a sugestão do Prof. Helmut Koester, que leciona na Universidade Harvard, o Evangelho de Tomé foi recompilado por volta do ano 140, mas talvez contenha textos de algumas tradições ainda mais antigas que os evangelhos canônicos, possivelmente da segunda metade do século primeiro (50−100), em Síria, Palestina ou Mesopotamia. Ou seja, da mesma época ou anterior aos evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João . Koesler também disse que este evangelho lembra a fonte hipotética denominada Q, com ditos que teriam sido usados pelos evangelhos de Lucas e Mateus. Também segundo esse autor, o texto em copta é uma tradução do grego . Segundo Stevan Davies deve ser datado entre os anos 50 e 70 .
Muitos estudiosos acreditam que o Evangelho de Tomé é um texto gnóstico que foi introduzido no meio da comunidade cristã do seculo I para causar divisão na igreja, e outra minoria dos estudiosos considera o Evangelho de Tomé como parte de uma tradição da qual os evangelhos canônicos eventualmente emergiram.
Aqui nesse link você pode baixar o Evangelho de Tomé e tirar as sua próprias conclusão:
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